In this week two texts were offered for my perusal.
But is important highlight that either presents the same content, with different
writing.
Comecei o
texto em inglês, e na verdade queria escrevê-lo todo em outro idioma, por duas
razões assim descritas:
- Primeiro por que ambos apresentam termos que
são expressões de línguas estrangeiras – commons
e rossio. Commons, como a escrita claramente já denota, significa comum.
Rossio, como não fica claro, em Portugal – lugar de encontro em comum (mas em português
no Brasil quer dizer – orvalho, umedecer, borrifar).
- Segundo por
que ambos tratam de abertura do uso de conteúdos nas redes digitais, mas não
conseguem ser claros na sua especificação (como viabilizar esta alternativa; ou
em havendo regras, como seriam organizadas, etc.), e quando não se fala
exatamente o que se quer dizer é como se falasse em outra língua.
O primeiro
texto trata do rossio não-rival (tanto elucubração e ortodoxia para falar de
coisas de entendimento tão simples). Se remete a possibilidade de uso comum e simultâneo
por mais de uma pessoa de determinado bem. Isso se expressa de maneira plena no
uso da internet, pois estando um conteúdo digitalizado e disseminado na rede, torna-se
comum, coletivo, simultâneo, pode ser acessado, utilizado e revisitado
infinitas vezes. Isso vai de um texto, um software, a um infinito de possibilidades.
O segundo
trata do commons (em geral e na rede digital) com referencial político, fazendo
alusão ao mercado - em sentido econômico privado e em sentido coletivo. No
primeiro haverá regras de propriedade com restrições específicas, no segundo,
mesmo não sendo o caos no uso de bens, quando apresentam restrições são diferentes das regras
de propriedade privada. É uma forma de liberdade vigiada, que aumenta ou
diminui a depender de como são estruturadas. Uma propriedade coletiva, com possiblidade
de uso comunitário e equitativo que se desarrolha de acordo com as disposições
de recursos e controle de uso coletivo.
Lembra muito
a perspectiva do comunismo, tudo é de
todos! Mas nunca é assim, no final sempre alguém fica com a melhor parte.
Mesmo porque, se haveria regras (por poucas que fossem) quem ditar as
restrições com certeza terá maior parcela de controle. Também no texto não fica
claro como seriam organizadas e por quem, estas regras que impediriam a anarquia.
No âmbito da
escrita na internet a forma mais comum é o creative commons, que seria uma versão
diferenciada do copyright, na qual há uma liberdade de uso de conteúdos na rede,
mas limitada por regras, que serão impostas e seguirão a lógica de quem
governa o uso ou disposição dos recursos (autores, editores ....??!!!), e de acordo com interesses de quem as
determina. Então, mesmo que não sejam as mercado, haverá regras específicas e
diferenciadas a partir de interesses de terceiros.
Por isso, em
se tratando de liberdade na rede, me reporto logo ao domínio publico (public
domain), que seria realmente uma contraposição ao sistema. E qual seria a
diferença? No domínio público realmente se consolida o livre acesso (há a plena disposição autoral, editorial etc.). O que cai
na rede torna-se de domínio público, podendo ser utilizado por todos, sem culpa de
estar infringindo algum código, pois já teria a certeza que realmente há a
liberdade de uso, compartilhamento, interação e integração.
Para mim
isso é falar claro! Como e para que criar regras que na maioria das vezes não
serão cumpridas? Melhor consentir a liberdade e não fazer de
conta que esta existe, mas é tolhida por restrições específicas, sempre que possível ou desejado.
Com relação
aos programas e software, se e é para ter plena acessibilidade, vamos direto ao
open source (códigos abertos). Isso já ocorre com o linux e com certeza no
futuro muitos outros mais seguirão esta vertente.
Mas a
pergunta que não que calar é: como o sistema vai se sustentar? Resposta simples
de uma leiga plus no assunto tecnologia - o mercado é mutante e sempre acha
formas de oxigenar o seu potencial de gerar renda (o bilionário Facebook que o diga!!!).
Com certeza estes meios não irão faltar, e o maior filão ainda é a propaganda.
A maioria dos sites livres (de filmes, músicas, entretenimento e outros)
sustenta os custos dos direitos de terceiros com os recursos das propagandas, o
mesmo que sempre fez a televisão, que acabou se tornando uma mídia global.
Assistimos em tese de graça, mas entre uma cena e outra, entra um pagante que
financia a pseuda gratuidade do sistema. Meio de sustentação financeiro politicamente correto, que já faz parte também do ambiente da internet. Com carinho, Cássia.
Sem dúvida,
em comparação com qualquer outro meio de mídia, as redes digitais tem o
toque de Midas - o que toca vira ouro! Basta saber como manipular. E assim os meros
mortais vivenciam a plena liberdade de usufruir de qualquer conteúdo da rede, sem restrições ou direitos autorais de
uso que limitem o acesso. Um toque de gênio! Cássia.
SIMON, Imre; VIEIRA, Miguel Said. “O rossio não-rival”, in: PRETTO, Nelson De Luca; SILVEIRA, Sérgio amadeu da. Além das redes de colaboração: internet, diversidade cultural e tecnologias do poder. Salvador: EDUFBA, 2008, pp. 15-30.
ResponderExcluirBENKLER, Yochai. “A economia política dos commons”, in: SILVEIRA, Sérgio Amadeu da, et al. Comunicação digital e a construção dos commons. São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo, 2007, pp. 11-20.