Letramento é visto como uma prática social. Diferente da
alfabetização, que é algo formalmente constituído, o letramento tem o seu desenvolvimento
a partir da relação do sujeito com o seu meio sócio-cultural. A capacidade de
se discutir sobre as transformações provocadas pela cultura letrada (que domina
a leitura e a escrita) em determinado contexto. Seria uma meta-análise!
O letramento é considerado um “conjunto de práticas sociais
que usam a escrita, como sistema simbólico e como tecnologia, em contextos específicos,
para objetivos específicos” (SOARES, 2002, p. 02).
Com essa ambientação digital novos signos e tipos de práticas
foram incorporadas, para transitar neste meio compreendendo e se fazendo
compreender, é preciso entender como se expressa estes sistemas simbólicos no
contexto da mediação computacional. O letramento digital perpassa pela abrangência
de possibilidades entendimentos antes não vislumbradas.
Um exemplo para entender isso é analisar algo que envolve tanto a leitura quando a escrita - o texto no contexto digital! O texto antes era limitado por fatores físicos, financeiros e de
tempo, agora se expande para uma narrativa - integralizada, discursiva, compartilhada, que se estende não apenas no tamanho, mas para além do tempo e do espaço. Não é uma escrita que se dá da caneta esferográfica para
o papel sulfite (isso já pensado analógico. Quanta tecnologia!!! Em tempos idos isto foi mais rústico
ainda – da pena para o pergaminho, por exemplo). No âmbito digital isso se dá do teclado para a tela do computador.
Uma agilidade sem sim, uma possiblidade de manipulação sem igual, um exercício de
criatividade ímpar.
Então a análise muda. Evidencia-se que a prática de leitura e escrita faz parte do processo de interação humana. Mas como fica essa interação, que tem como recurso para esta prática a mediação digital, algo que ao tempo que traz tantas possibilidades é também tão efêmero? Sem dúvida pelo trabalho que dava escrever em papiro, havia a necessidade de preservar, mas no digital o backspace e o delete, em um texto selecionado, pode agir muito mais rápido, do que as mãos que detenham a mais extrema habilidade de digitação.
Então a análise muda. Evidencia-se que a prática de leitura e escrita faz parte do processo de interação humana. Mas como fica essa interação, que tem como recurso para esta prática a mediação digital, algo que ao tempo que traz tantas possibilidades é também tão efêmero? Sem dúvida pelo trabalho que dava escrever em papiro, havia a necessidade de preservar, mas no digital o backspace e o delete, em um texto selecionado, pode agir muito mais rápido, do que as mãos que detenham a mais extrema habilidade de digitação.
Como diz Bauman, mais uma vez analisado letramento digital,
se percebe a presença do efêmero, do substituível, trazendo consigo todas as implicações
pessoais e sociais que isso acarreta. Mas achei interessante discutir essa temática, através do
texto de Soares, que ressalta que esse poder de transformação do cotidiano, incorporado
pela cultura digital e que levou a necessidade de desenvolver novos conceitos de letramentos, não determina, mas condiciona os hábitos. Isso é
interessante, pois o determinismo fechar as portas aos possíveis câmbios, mas o
condicionamento pode ser alterado. Basta que novas possibilidades de
transformação sejam vislumbradas no horizonte.
Com certeza, que o devir cada mais presente do novo tecnológico, teremos muitos outros novos conceitos a discutir em um futuro próximo. Com carinho, Cássia.
Não é simples viver em um mundo
tecnológico, em constante mudança.
Mas é gratificante saber que temos potencial para aprender, e criar recursos de adequação para lidar com estas transformações. Cássia.
Referência nos comentários.
Com certeza, que o devir cada mais presente do novo tecnológico, teremos muitos outros novos conceitos a discutir em um futuro próximo. Com carinho, Cássia.
Não é simples viver em um mundo
tecnológico, em constante mudança.
Mas é gratificante saber que temos potencial para aprender, e criar recursos de adequação para lidar com estas transformações. Cássia.
Referência nos comentários.
SOARES, MAGDA. Novas práticas de leitura e escrita: letramento na cibercultura. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/es/v23n81/13935. Acesso em: 05 já. 2014.
ResponderExcluir