domingo, 24 de novembro de 2013

Sétimo sentido: A relação pervasiva homem x máquina.

Vive-se na era da conexão, novos padrões estão em evidência. O computador deixa de ser uma máquina de acesso local, limitada pelo tempo e espaço, e passa a fazer parte de toda realidade social. Onde quer que se esteja - nas ruas, praças, bares e até mesmo na Igreja, as pessoas estão sempre plugadas, conectadas, recebendo e enviando informação on-line e em ritmo alucinante.

A computação ubíqua libertou o computador das amarras dos fios e os homens dos espaços pré-determinados. Assim, modificou a relação homem x tempo x espaço. Atualmente, em qualquer lugar é possível estar em rede, mantendo um contato permanente, nunca antes imaginado, e em tempo real, com os outros, com o mundo.

Mas não é apenas isso, o potencial de mobilidade da comunicação ampliou as formas de conexão e mesmo a relação homem x máquina. Com as novas tecnologias digitais é possível vivenciar uma prática hibrida entre homem e máquina. Com esta computação pervasiva (que se infiltra, penetra, difunde) a tecnologia comunicacional móvel passa a fazer parte de modo inexorável da vida humana, prologando a sua relação imaterial com o mundo e os seus sentidos, tornando-se quase um sétimo sentido.

É praticamente impossível para algumas pessoas hoje em dia, saírem sem os seus celulares-teletudo (neste caso, em especial, o smartfone), com os quais é possível, além de falar (hoje em dia uma das formas que tem perdido espaço na utilização, enquanto cresce cada vez mais o uso de mensagens), enviar mensagens, ver as notícias, fazer atividades econômicas e de trabalho, dentre tantas outras possibilidades.

As próprias nomenclaturas ressaltam esse aspecto. Smart – denotando a inteligência que hoje apresenta um simples aparelho. Ou a tecnologia senciente (que tem capacidade de sentir) que está adentrando a vida, o corpo, a mente humana e formando uma nova sociedade, que não apenas utiliza as novas tecnologias nas suas comunicações, mas que as tem como algo que invade o seu desejo e tornam-se o principal ponto de relação do homem com o mundo.


E a perspectiva para o futuro é que se chegue a uma amplitude de pervasividade e senciência, na qual não haverá mais a diferenciação homem x máquina. A tecnologia estará de fato introjetada no corpo humano na forma de sensores de leitura (com o uso da tecnologia RFID, por exemplo), ou chips. Isso que parecia um sonho futurista já é realidade, acredito que para além das criações de ficção das mentes mais criativas do cinema americano.

A realidade e narrativa transmidiática (que cria, usa ou relaciona várias tecnologias digitais para uma ação ou construção) presente em Matrix, está tomando aos poucos uma forma, reportando para uma convergência não apenas discursiva, mas pervasiva, na qual se adentra a realidade para conhece-la, transporta-la, bem como modifica-la e, por fim, introjeta-la.
 
No momento ainda muitos destes aspectos são arquétipos, construções ainda não concretizadas, mas que estão no imaginário e que para materializar-se basta dar vasão as potencialidades já encaminhadas. O que não falta na humanidade é habilidade para tanto. Onde chegaremos com isso? Estamos preparados para tanta transformação? O tempo dirá!!! Com carinho, Cássia.





Acredito que só faz sentido tornar um sonho possível,
se tiver a certeza que este não irá se tornar um pesadelo quando for materializado.
Temos muito potencial de ação para realizar os nossos sonhos,
precisamos de conscientização na concretização dos mesmos.
Cássia.





Um comentário:

  1. Referência para consulta:

    André Lemos: Cibercultura e Mobilidade: A era da conexão.

    http://www.intercom.org.br/papers/nacionais/2005/resumos/r1465-1.pdf.

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